Monte Sarnista

Acordei sem nenhuma disposição para a caminhada que faria naquela manhã, talvez só de pensar em subir o monte eu já ficava desanimada e com preguiça. Lembro-me de quando tentei arrumar outro programa para um sábado de manhã e Stark veio com "mas são as melhores maças do mundo", e ficou nisso por tempo o suficiente para eu planejar tacar umas maças no rosto dele... talvez em outra parte no corpo porque seu rosto é muito bonito para isso. Vesti-me com roupas confortáveis e leves, depois peguei minha bolsa colocando coisas que poderiam ser necessárias ao decorrer do passeio. Tipo kit de primeiro socorros, facas, água, biscoito, essas coisas normais. Soltei o cabelo do coque, deixando-o cair em cachos pelas minhas costas e sorri, sem ter mais o que fazer. Olhei meu relógio de pulso, percebendo que ainda faltava 5 minutos pro Stark me buscar. Calcei a sapatilha e caminhei até a janela do quarto, abrindo a mesma lentamente e passando minhas pernas, logo em seguida meu corpo e pulando em direção a árvore quase colada a minha janela. [...]

No topo do monte, não poderia ter uma visão que se assemelhasse tanto a um Paraíso. Era uma calmaria impressionante, uma visão linda e uma companhia maravilhosa. Sorri, me virando para Stark, apertando sua mão na minha e me aproximando de seu corpo. Me senti embriagada pela sua presença e pelo seu cheiro. Fitei seus olhos com uma intensidade provocativa, mas antes de falar qualquer coisa eu me inclinei para cima e selei brevemente nossos lábios.

— Melhor maça do mundo, hun? - sorri com implicância, já que eu tinha teimado que não acreditava que seria mesmo a melhor maça do mundo e que o fruto teria o gosto normal. — Se for, você pode pedir algo, mas se não for... ai eu poderei pedir o que eu quiser, topa? - estendi minha mão direita, em desafio.

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Observei Stark caminhar até a macieira, deixando meu olhar se demorar na sua bunda (pois é, não é só homem que faz isso) antes de caminhar até perto dele e me sentar na grama, esperando o mesmo voltar até a mim. Ele não parecera muito seguro sobre a aposta, mas essa era a graça de todas. E eu espero que eu ganhe. Tirei uma toalha quadriculada da bolsa e a estendi sobre o gramado, me sentando confortavelmente ali embaixo da sombra das árvore. Stark voltou muito satisfeito até mim, o que só poderia significar que eu perdera a aposta. Sorri, ainda mantendo o sorri confiante e peguei a maça que sua mão me estendia. A rodei em minhas mãos, fingindo a analisar.

Antes de morder (sim, eu estava enrolando), puxei a mão de Stark para que o mesmo se sentasse ao meu lado, o mesmo já ostentava um olhar vencedor no rosto. Mordi a bendita da maça, sentindo o gosto doce e molhado preencher meu paladar. — É como uma maça normal, só é mais gostosa pelo esforço que fizemos para chegar até aqui - comentei, dando uma risadinha ao final. Não iria perder de jeito nenhum. Me aproximei dele, encostando a cabeça na sua e inclinando meu rosto de forma que minha boca estivesse mais próxima da sua.

— Eu gostei desse lugar... gostaria de vim aqui mais vezes com você. Ficarmos a sós sabe, eu gosto. Melhor do que estar num lugar cheio de pessoas te observando - comentei, segurando sua mão. Senti aquela sensação boa me preencher novamente, aquela que eu tinha toda vez que eu estava conectada com Stark. — Estar sozinha com você é a melhor coisa que existe - sussurrei, fechando os olhos enquanto inspirava o doce aroma do local misturado com o perfume masculino de Stark. Ele me acalmava de uma forma incrível, e ao mesmo tempo conseguia despertar coisas perigosas dentro de mim. Era um dos pontos que eu mais amava nele.

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Fitei seus olhos com intensidade antes de fecha-los quando Stark puxou meu rosto para perto do seu para um beijo que infelizmente foi rápido. Acalmei meus hormônios com o pensamento de que tínhamos todo o tempo do mundo naquele lugar. Ouvi atenciosamente a explicação dele sobre a melhor maçã do mundo, sentindo uma faísca se acender em meu peito ao final de suas palavras. Isto que é está apaixonada; é estranho, mas bom. Ele acabou de dizer que a maçã tem meu gosto, ou eu tenho gosto de maçã, sei lá. Não poderia perder a chance de implicar, obvio. Mordi o lábio inferior, encarando-o de soslaio.

— Então eu tenho gosto de maçã? Interessante... Quando eu comi a maçã eu me lembrei da visão fantástica de suas nádegas, esse é meu maior amor? - brinquei, encarando-o com um sorriso safado. Aquilo não era verdade, meu tom de voz já denunciava que era apenas parte de uma brincadeira. — Vou levar muitas dessas maçãs para quando eu estiver com saudades de você - decretei por fim, agora séria.

Nos ajeitamos em baixo da árvore, e deixei minha cabeça descansar no seu ombro enquanto meu corpo estava junto ao dele. Envolvi minhas mãos em sua cintura, já que ele me abraçava. Eu poderia ficar daquele jeito para sempre.

— Adorei a ideia... E acho que a partir de agora viverei aqui então - sussurrei, sorrindo boba — Ei, o que acha de acamparmos?  Aqui é perfeito, uma vista linda, maçãs gostosas... imagina como deve ser a noite, com o céu cheio de estrelas. E você ao meu lado - selei nossos lábios de forma lenta e prazerosa, logo o beijando de forma mais longa e urgente.

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Me assustei quando ele se animou de repente, já sacando a varinha e fazendo uma barraca aparacer "do nada". Fiquei me perguntando se aquela barraca era dele e porque ele tinha uma barraca já que ele nunca acampamos. O encarei surpresa pelo fato de ele ter aceitado o convite de prontidão e feito tudo instantaneamente. Eu ri quando ele decretou que precisávamos de uma fogueira; de certo acampar não é acampar se não tiver uma fogueira.

— Você quer fazer uma fogueira ás nove horas da manhã? - afastei minha cabeça de perto do seu corpo para que eu pudesse ter uma visão melhor do seu rosto. Acariciei seu rosto, sorrindo enquanto minha mente trabalhava. — Já sei! - falei, quase dando um pulo no lugar. Sim, eu estava animada, pois a ideia me parecia muito boa, e só o simplesmente pensar já me fazia ficar repleta de expectativas. — Montamos o acampamento todo bonitinho, com lenha pra fogueira e feitiço de proteção, nos encontramos a noite para ir naquela festa lá na ilha. Então eu poderia dizer para meus pais que dormirei na casa de uma amiga... - sorri maliciosamente, arrastando as pontas dos dedos do rosto para o pescoço dele. — E nossa noite é perfeita acampando! Pode admitir, tenho ótimas ideias - faço uma expressão convencida.

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